sábado, 16 de agosto de 2008

Onde paramos nunca chegamos

Vês Rubinho onde eu parei poucos querem pisar.
Homem, criatura que delira, cega-se e o universo o nega
Rubinho os republicanos não olham para os lados
E o meu repudio por esta nação me faz maldizer o que de migalhas aqui ainda acho.
Os silvícolas que concretizaram a face brasileira, quando milagrosamente um útero europeu forjou o parto de uma nova civilização, hoje usam suas flechas contra a extinção.
A natureza que nina o nosso cansaço, com uma brisa suspiraste no despertar da manhã, anda carente de fruto e sombra , doente, sofrendo com as impulsividades das mentes humanas.
Pobres vítimas! Com sonhos raquíticos da qual brutalidades são obedientes crianças .
A republica não vê o desespero do povo, que vive em crise desde quando ainda debruçada dormia em berço.
Somos plebe Rubinho, E quando cansaremos de viver de forma subumana?
A bandeira se hasta, todos se emocionam!
O canto da minha boca é uma injúria profana.
Admiro quem chora de emoção com fome!
Eu ainda não aprendi a ser tão generosa.
Se uma amiga lamenta-se por durante anos ter sido companheira dos estudos e hoje estende na rua um tapete ao trabalho informal, dou-lhe um guarda sol, para que a pele não arda-lhe mais que o estômago solitário.
Ora, e o que mais poderia fazer?
Também sou vítima
Soberba terra!
Confesso que esta pátria, muito fica a desejar e goza com a miséria.
1888 nada mas diz, voltamos a labutar com os corpos cansados e psiquicamente humilhados.
De fato extinguiram os chicotes mas a sempre um mascote esperando você bradar para sentar em sua cadeira .
O mês passa, você passa,e todos a sua volta também
A pressa só lembra que a algo a lembrar, das contas a pagar pra sobreviver e continuar a trabalhar.
É... Rubinho quando olharão para nós?
Deus, ó Deus! Responda minha indagação
É que a pouco lembrei que este aquém desabafava, não é mais meu amigo
Ele foi vítima da ditadura social, que dita o comportamento: homem eterna essência bruta animal.
Não que não sejamos simplismente animais embora não precisemos ser brutos.
Para ti Rubinho,grito: traidor
Para nossa pátria, grito: traidora!

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