sábado, 16 de agosto de 2008

Outro Qualquer

Solidão, minha inseparável amiga, única que não lembro quando deixou-me cair de suas asas longas, pontudas como espadas dos Espartas.
Ave putrica que sente o cheiro da carniça à distância e não erra em sua caça
Em um sincronismo sinfônico nos fundimos e eu apta a descrever seus vôos mais intrépidos que desafia torres ou tumulos, fui arrastada por esta morte que vive em mim.
Quando eu morrer e for velada com flores e velas como manda a tradição, discurso e sermão, sei que ao meu lado ainda sim estará lá a solidão.
Oh! Ela à de me enterrar!
Pois se todos isso já fizeram antes, ela estará por finalizar.
E sobre minha lápide seu nome assinará, ficando ao meu lado em um gesto necrófago.
E por fim enxugar ao sangue de minha alma e alimentará a saúde de minha dor.

Nenhum comentário: